‘Woman Is The Nigger Of The World’ e John Lennon
“Woman is
the nigger of the world/ Yes she is… think about it/ Woman is the nigger of the
world/ Think about it…do something about it” (a mulher é o escravo do mundo/
Sim, ela é… pense nisso/ A mulher é o escravo do mundo/ Pense nisso… faça algo
sobre isso)
A música começa com um solo de saxofone e sua melodia é
agitada e julgo a dizer, extremamente, dançante e cantante. John Lennon, com
certeza, estava inspirado quando resolveu compor “Woman Is The Nigger of The
World”, que em tradução livre significa “A mulher é o escravo do mundo”. No
entanto, é de se reparar que Lennon não deixou seu lado rockeiro a la Beattles
de lado quando coloca solo de guitarra e elabora uma letra com significado tão
forte.
A canção é escrita por John Lennon em parceria com Yoko Ono,
em 1972. A faixa, em questão, faz parte do álbum “Some Time In The New York
City”, e provocou polêmica quando lançada, devido ao seu título e assunto, mas
Lennon acabava de entrar na onda do politicamente correto. Assim era de se esperar
uma composição como esta.
“We make her paint her face and dance/ If she won’t be a
slave, we say that she don’t love us/ If she’s real, we say she’s trying to be
a man/ While putting her down, we pretend that she’s above us” (Nós a fazemos
pintar o rosto e dançar/ Se ela não for uma escrava, dizemos que ela não nos
ama/ Se ela é real, dizemos que ela está tentanto ser um homem/ Enquanto a
colocamos para baixo, fingimos que ela está por cima)
Historicamente falando, a ideia para escrever a canção teria
surgido através de uma citação da própria Yoko Ono, em uma entrevista para a
revista Nova, em 1969. Além disso, John afirmou em uma entrevista, no ano de
1972, que James Connolly, revolucionário irlândes, teria sido uma inspiração
para escrever a música.
Se avaliarmos sintaticamente a música de Ono com Lennon
perceberemos que os mesmos fazem uma dura critica ao “tratamento” que as
mulheres, em todas as culturas, sofreriam por parte dos homens. Assuntos bem
nítidos, e de suma importância, sempre aficionados ao movimento feminista.
A ideia se refere à mulher ser um objeto, uma escrava do
mundo onde lhe é dito o que deve ou não fazer, como deve ou não agir, o que
deve ou não vestir, o que deve ou não falar, etc. Simplificando: a misoginia e
a subserviência da mulher em relação ao homem. John elabora uma letra simples
com um significado gigantesco.
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