#Verbo Por que o Slow Fashion importa?

Você precisa conhecer esse conceito. Não falo precisar no sentido bobo da palavra, como se quisesse convencer de algo sem importância. Falo no sentido de consciência, de conhecer para aderir. Slow Fashion é moda sustentável. É um movimento que veio para derrubar a Fast Fashion e já está causando (de maneira positiva) no mundo da moda. O termo foi criado pela inglesa Kate Fletcher, em 2008, inspirado no Slow Food, que é um movimento que promove uma alimentação mais lenta, para que os alimentos possam ser saboreados de verdade e que a qualidade das refeições seja levada em conta. É como se ele buscasse uma desaceleração do ritmo das nossas vidas e, com isso, a gente também ganhasse um monte de benefícios. A Fast Fashion pode ter peças bem baratas e dentro das tendências, mas os itens encontrados nessas lojas geralmente são pouco duráveis (tanto em questão de tendências quanto da qualidade), sem exclusividade e muitas vezes a produção em massa e acelerada está associada ao trabalho escravo.

O Slow Fashion busca o sentido inverso. A produção de suas peças, como sugere o nome, é mais lenta e programada. O impacto ambiental diminui e melhora as condições de trabalho dos profissionais da indústria têxtil. O movimento prioriza qualidade à quantidade, de forma a reduzir o consumo desenfreado e valorizar o produto que vai ser vendido, por ser feito com atenção aos detalhes, materiais melhores e por levar em conta o uso em qualquer época. Por consequência, o Slow Fashion prioriza a mão-de-obra local, apoia pequenos negócios e dá incentivo a brechós, marcas e designers independentes. Todo mundo sai beneficiado. Muito amor, né?
A estudante de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco Valderiza Pereira tem uma marca de Slow Fashion com o nome dela e produz peças de acordo com os gostos dos clientes, sejam eles mulheres ou homens. O processo de produção é detalhado e caprichado. “Eu pré determino todas as etapas. Sou responsável pela compra do tecido, o corte, a costura e a venda”, conta. Valderiza acredita que o Slow Fashion dá mais visibilidade a marcas pequenas, traz coisas novas e oferece qualidade. Todo esse comprometimento com qualidade e autenticidade é o principal fator de sucesso da marca. “Eu uso minhas próprias roupas. Eu faço o que eu uso”, finaliza. Além de marcas independentes, os brechós também têm ganhado destaque na cidade de Caruaru. O Laba Laba Brechó, por exemplo, surgiu anos atrás, quando sua fundadora Carol Garcia precisou fazer uma viagem e teve que juntar dinheiro. A ideia de desapegar das roupas sempre foi legal para ela. “Tenho agonia em deixar uma roupa que não uso parada no guarda-roupa”, conta. Além disso, ela é contra a acumulação desnecessária: “Compro de brechó ou ganho as roupas que uso. Quando ganho uma peça, eu descarto outra que tenho.” 

Como aderir ao Slow?

  • Antes de comprar tudo que acha bonito só por um impulso, se pergunte se realmente precisa de algo novo; 
  • Apoie marcas locais. Tente dar preferência a elas; 
  • Compre em brechós. Há muita gente por aí vendendo peças lindas e por um precinho amigo; 
  • Conserte! Reaproveite suas peças. Se a roupa ainda serve e está em bom estado, customize! Dê uma cara nova e você vai ver que dá até mais vontade de usar; 
  • Usar até o fim suas peças.
Dicas de marcas (com user do Instagram):

  • Valderiza Pereira @valderiza_pereira 
  • Las Lobas Atelie @laslobasatelie 
  • Coletivo de Dois @coletivodedois 
  • Gioconda Clothing @giocondaclothing 
  • Hoy Ahoy @hoyahoy 
  • Carimbo @carimbocamiseteria 
  • Anas @anasflats 
  • Brechós: Laba Laba Brechó @labalababrecho 
  • Armarin(nho) @armarin_nho 
  • Thaís Braga @thaisbraga.png
Essa matéria foi feita por mim para minha coluna na Revista Verbo. Veja na íntegra aqui.
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